A conta é simples: cada deputado tem direito hoje a destinar R$ 37,3 milhões em emendas ao Orçamento para obras e outras atividades de interesse nas suas bases eleitorais. Isso só com as emendas individuais, sem contar os outros tipos de emendas.
Se multiplicarmos esse valor pelos 18 deputados a mais que a Câmara aprovou nesta terça-feira, 06, isso significa que o rombo pode se multiplicar: 18 vezes R$ 37,3 milhões.
É assim que agiram em relação ao fundo partidário e ao fundo eleitoral quando se pensou em diminuir os gastos com eles. Pelo contrário. Aumentaram os valores destinados a esses fundos.
Poderá ser, então, um aumento de R$ 671,4 milhões em emendas. Além dos R$ 64 milhões que a área técnica da Câmara já calculou como gastos de gabinete e outras despesas a serem acrescidas pelos 18 novos deputados. Aí tungada pula pra R$ 735,4 milhões.
Mas não para por aí. O número de deputados federais é a base para a definição dos deputados estaduais em cada unidade da federação. Virão mais 30 deputados estaduais aí pelo país. O número total sobe de 1.059 para 1089, com o valor correspondente.
Tudo sairá do nosso bolso. Um absurdo!